Um Olhar Poético sobre a Natureza

Galeria Fine Art: Diogo, você é curador e também fotógrafo da nossa linha Nature, que destaca o lado mais poético e detalhado da natureza. Como você descreveria a sua abordagem para fotografar o mundo natural?

Diogo Sallum: A natureza tem uma vastidão de formas, texturas e cores, e o que me fascina é a maneira como pequenos detalhes podem contar histórias imensas. Na linha Nature, busco mostrar essa dualidade: a delicadeza de uma folha ou o impacto de uma rocha bruta. A minha intenção é capturar momentos que, à primeira vista, podem parecer simples, mas que revelam profundidade e emoção quando observados de perto. A beleza está nos detalhes, e a natureza oferece uma paleta infinita para explorarmos com um olhar atento e sensível.

Galeria Fine Art: Suas fotografias na coleção revelam cores e formas de diversas maneiras, muitas vezes polarizada. Como você equilibra essa diversidade, ora bruta, ora delicada, dentro de uma única obra?

Diogo Sallum: Esse equilíbrio acontece naturalmente quando você começa a enxergar a natureza não como algo homogêneo, mas como uma sinfonia de contrastes. O mesmo elemento da natureza pode ter, ao mesmo tempo, uma presença imponente e uma fragilidade intrínseca. Quando estou em campo, o que mais me atrai é justamente essa tensão entre o suave e o imponente. É um jogo entre luz e sombra, cores vibrantes e texturas sutis. Cada imagem que crio reflete essa interação, convidando o espectador a mergulhar nessa dualidade que faz parte de nossa própria experiência com a natureza.

Galeria Fine Art: Como curador, qual é o papel da curadoria na linha Nature da Galeria Fine Art? E como você define a seleção de fotos?

Diogo Sallum: A curadoria é um processo que vai além da escolha estética; é sobre contar uma narrativa coesa. Na linha Nature, procuro selecionar imagens que conversem entre si e que ampliem a experiência do espectador em relação à natureza. Ao escolher as fotos, busco aquelas que tragam uma visão única — um ângulo inusitado, uma cor surpreendente ou uma composição que desafie o olhar. A ideia é proporcionar uma experiência que vá além da beleza óbvia. Na Galeria Fine Art, essa curadoria é feita com muito cuidado, sempre pensando em como cada obra pode agregar à coleção e despertar uma conexão emocional no público.

Galeria Fine Art: Qual a importância de valorizar os detalhes na fotografia de natureza? Como isso impacta a visão do espectador?

Diogo Sallum: Valorizar os detalhes é uma forma de desacelerar o olhar do espectador. Vivemos em um mundo acelerado, e, muitas vezes, deixamos de notar as pequenas belezas que estão ao nosso redor. Quando você amplia esses detalhes na fotografia — a textura de uma folha, as curvas de uma pétala, as nuances da luz atravessando as árvores — você convida o observador a se aproximar, a mergulhar naquele momento. Isso cria uma conexão mais profunda com a obra e, por consequência, com a natureza. Na Galeria Fine Art, essa atenção aos detalhes é o que diferencia nossas obras, tornando-as não apenas visualmente impactantes, mas emocionalmente envolventes.

Galeria Fine Art: A linha Nature parece transcender a simples fotografia de paisagens e animais. Qual a filosofia por trás dessa proposta?

Diogo Sallum: O que buscamos na linha Nature é mais do que apenas registrar o que está diante da lente; é trazer uma nova perspectiva, quase metafísica, da natureza. Não se trata apenas de documentar o mundo natural, mas de convidar o público a sentir essa natureza de forma intuitiva e sensorial. Muitas vezes, o que eu quero transmitir é a emoção que uma cena provoca, seja pela cor, pelo movimento ou pela textura. É uma busca por transformar o comum em extraordinário, e acredito que a Galeria Fine Art se destaca justamente por proporcionar essa experiência ao público, elevando a fotografia ao status de arte.

Galeria Fine Art: Para encerrar, como você vê o futuro da fotografia de natureza e seu impacto no mundo da arte?

Diogo Sallum: Acredito que a fotografia de natureza está cada vez mais conectada com a arte, especialmente em tempos em que a consciência ambiental e o valor da preservação estão em alta. A fotografia tem o poder de tocar as pessoas de maneiras que palavras ou dados científicos não conseguem. Na Galeria Fine Art, vejo um futuro onde a fotografia de natureza se posiciona como um meio de reflexão, conscientização e, claro, de apreciação estética. Espero que nossas obras inspirem não apenas admiração, mas também uma conexão mais profunda com o mundo natural, incentivando as pessoas a olhar ao seu redor com mais sensibilidade e curiosidade.